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15 fevereiro 2015

V.H.S e o New Horror Found Footage



Se pensávamos que os filmes de horror e terror tinham sido dominados pela indústria hollywoodiana nos últimos tempos, empobrecendo um gênero tão elaborado por caras como Edgar Allan Poe, H.P Lovecraft, David Lynch e vários outros, infelizmente estávamos certos. Entretanto uma nova vertente de diretores vem reconstruindo a atmosfera do absurdo, o hype cinematográfico é chamado Horror Found Footage, que significa falso documentário, ou algo próximo a “filmagem caseira”, essa estratégia já havia sido criada nos anos 1980, mas ficou conhecida em Bruxa de Blair. O movimento tornou-se ícone a partir da antologia V.H.S, que retrata um conjunto de vídeos encontrados, contendo situações hiper-reais de rituais de magia, zumbis, fantasmas, alienígenas, o que não parece novidade, torna-se, quando a narrativa passa a ser conduzida pelas câmeras em primeira pessoa, e “toscas” dos efeitos de corte, e “bug”, da estética Glitch. Com o intuito de “borrar” as fronteiras do espectador entre o real e a ficção, grande parte dos filmes utilizam desses dois níveis de apresentação da trama, a primeira onde encontram-se os personagens acessando os vídeos, e a segunda mostrando o conteúdo deles, que podem ou não interagir. A atmosfera non-sense e o realismo ampliam por ambientarem-se no cotidiano, em situações banais e imprevisíveis, forçando os efeitos especiais a um contorno menor e mais cru. O que poderia ser um limite do gênero, passou a reinventar a estética de horror por hibridizar alta tecnologia digital a captação de câmeras comuns. Não é mais o medo que desejam esses diretores, mas sim, o incompreensível absurdo.     

           

           

             

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